Receptor Superregenerativo

Telecom em geral

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Mensagempor MOR_AL » 16 Mai 2011 20:05

Silvio51 escreveu: MOR_AL... houve uma época (quando eu tinha banda de Rock) que tentei "projetar" alguns pares Transmissor e Receptor ... Lembro que quase enlouquecí com o fator: Estabilidade.

Nestes dispositivos, simplesmente aproximando a mão da antena tínhamos um ruído desgraçado junto com desvios nas frequências de oscilação. Você encontrou estes tipos de problemas ?


Olá Silvio!
Isso sempre existirá.
Acho que se deve casar ao máximo a impedância do transmissor e do receptor com a antena. Esta deve ter o comprimento de ¼ de onda.
Observei que nos transmissores de alarme de carro, não há praticamente antena. Somente o loop do indutor e este contém todo o circuito dentro dele. Inclusive as duas baterias do tamanho de uma moeda de 50 centavos. Para acionar este transmissor, o dedo polegar da gente fica de um lado e os dois seguintes ficam do outro. Ocorre também que estes osciladores possuem um componente que ressona na frequência de transmissão. Isso impede a alteração da frequência. Como não há antena física, o acoplamento com o meio é prejudicado. Mas a potência de transmissão é suficiente para o gasto.
Eu copiei um circuito transmissor de FM da internet e o adaptei para o meu caso particular. É realmente bem simples. A corrente de consumo é de apenas 1mA. Nem tem chave liga/desliga. No momento tem uma pilha AAA de 1,5V soldada no circuito, até eu encontrar um soquete para a pilha. O difícil foi fazer o layout. Nessas frequências a coisa fica complicada e o sítio não fornecia o layout. Mas com essa correntinha de consumo eu recebo o sinal (um radinho XingLing), pelo menos até uns 8m, que foi o possível me afastar com visada direta. Então, com uma corrente maior, mesmo sem antena física, ainda dá para o sinal ir relativamente longe.
Já no receptor a coisa muda de figura.
Se tiver um primeiro estágio amplificador sintonizado, com a antena casada, mesmo que haja influência externa, não vai fazer muita diferença. Porque o “Q” deste primeiro estágio é baixo. Ou seja, capta uma faixa relativamente grande de frequências. Havendo influência externa, ainda assim deve compreender a frequência de sintonia. Pode até ocorrer que o ganho fique menor, mas o circuito de controle automático de ganho (CAG) vai tender a minimizar esta redução.
Quando não há o estágio amplificador sintonizado, ou o primeiro estágio é o próprio receptor super-regenerativo, aí a coisa fica feia. Você deve desacoplar um pouco a antena com um capacitor de valor pequeno. No meu caso eu coloquei um de 1,5pF. Observei que nos receptores comerciais, que não possuem o sintonizador SAW, esse problema é um pouco maior. Mas como o funcionamento é para pequenas distâncias, o que vai ocorrer é que essa distância vai diminuir um pouco.
Com o sintonizador SAW, ocorre que a frequência de ressonância é fixa, não havendo muita influência externa. Só que o sinal que entra pode ser reduzido.
Nos receptores super-regenerativos há um CAG intrínseco, que tende a minimizar esta influência.
Acho que deu para entender, né?
Paga-se um pouco pela redução do tamanho dos circuitos.
[]'s
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