Bom.
A curva da lâmpada fluorescente é semelhante a de uma lâmpada qualquer de arco sobre vapor de (ions?).
Precisa ultrapassar uma certa tensão para começar a conduzir. Depois é só manter a corrente.
O circuito ideal (minha opinião) é uma fonte de corrente.
Por definição, uma fonte de corrente fornece a corrente especificada, qualquer que seja a resistência de carga.
Por exemplo, se I = 1A e R = 1 ohm, a tensão sobre a resistência será de 1V.
Se I = 1A e R = 1000 ohms, a tensão sobre a resistência será de 1000V.
Ou seja, a corrente é fixa e a tensão produzida é a que satisfaz a lei de ohm.
Um circuito prático de fonte de corrente é uma fonte chaveada com a topologia flyback. Porquê?
Porque esse tipo de fonte funciona em duas etapas.
Na primeira ocorre o armazenamento de energia no indutor do primário Lp. A quantidade de energia no primário vale:
Ep = (1/2) * Lp * Ip * Ip, onde
Ip é o valor da corrente que o indutor Lp possui, quando termina o período de condução da chave (transistor, mosfet, etc) que fica em série com a fonte e o indutor.
Na segunda etapa, essa energia contida no meio magnético que envolve os indutores primário e o secundário (Ls), é transferida para o indutor secundário. Quando a chave abre, a tensão inverte e o diodo de secundário conduz.
Nessa etapa, tudo se passa como se o indutor de secundário procurasse descarregar.
O circuito de secundário produz uma tensão alta, até que comece a conduzir sobre a carga.
Se a carga for uma lâmpada fluorescente, então a tensão de secundário aumenta até atingir o valor de condução da lâmpada. A medida que a corrente aumenta, a tensão sobre a lâmpada cai, de acordo com a curva v x i da lâmpada.
Essa corrente cai, na medida que a energia do indutor secundário vai se reduzindo até zerar.
Após isso o ciclo se repete.
Já fiz muitos circuitinhos de 12V para alimentar a lâmpada fluorescente.
D1 e L2 não existem, e L1 é Lp e L3 é Ls.
Na realidade, D1 e L2 servem para devolver para a fonte, a energia de cada pacote, caso não haja carga na saída.
A lâmpada acendia mesmo que seus filamentos estivessem queimados.
Meu circuito possuía um transistor, um capacitor em Vcc, um capacitor de primário, junto com dois resistores, um transformador, que funcionava com três indutores acoplados magneticamente (Lp, Lr e Ls), um diodo de secundário (1N4007 mesmo), um capacitor de secundário e a lâmpada fluorescente.
Era realmente um circuito do tipo Xing Ling.
Podia se curto-circuitar a saída que ele não queimava. O maior problema é que se não houvesse carga, a tensão subia a ponto que queimar o transistor.
Bom. Para controlar a intensidade luminosa, bastaria acionar a chave com um acionamento PWM. Mas o delta não pode passar de 50%. Na verdade, como a carga (lâmpada) não é uma carga normal, o valor máximo do delta tem que ser obtido experimentalmente.
Diminuindo-se o delta, diminui-se o valor de pico da corrente no indutor Lp, o que diminui a energia transferida.
Pode-se pensar que cada ciclo possui um pacote de energia e que cada pacote pode ser alterado com a alteração do delta.
Se o acionamento for um PWM, então o número de "pacotes", por unidade de tempo, é fixo, mas o valor da energia em cada pacote pode ser variado. Com isso pode-se fazer o tal dimmer.
MOR_AL