ASM51

Amigos

qual a ligação mais correta para RS485, usa-se dois ou três fios (1 blindagem)? fio é par trançado ou paralelo normal ?

valeu

marcelo

O fio trançado costuma ter um pouco mais de imunidade, mas a imunidade depende de muitos fatores, como ruído do ambiente, distância do cabo, velocidade de comunicação, etc.
O ideal é passar um terceiro fio interligando as referências, mas já fiz redes que não usei o terceiro e funcionaram. Tudo depende dos aspectos que citei anteriormente.

Aproveitando o tópico, se eu for comunicar dois pics via rs485, como deve ser a interligação entre eles? A partir do rx tx de um pro outro, como deve ficar os ci´s conversores de rs232/rs485, resistores de pull up/pull down e outros componentes? Achei alguns circuitos no google imagens mas cada esquema está de um jeito diferente.
Abraço.

aparecido escreveu:Aproveitando o tópico, se eu for comunicar dois pics via rs485, como deve ser a interligação entre eles? A partir do rx tx de um pro outro, como deve ficar os ci´s conversores de rs232/rs485, resistores de pull up/pull down e outros componentes? Achei alguns circuitos no google imagens mas cada esquema está de um jeito diferente.
Abraço.

muito bom, também fiquei nos mesmos pontos, e até o datasheet do MAX485 não é claro no tipo de ligação à ser usada

A ligação do microcontrolador com o driver, que pode ser o MAX485 ou 75176 (ou semelhante) deve ser como esta:


http://aquaticus.info/sites/default/files/more_images/atmega8_max485_0.png
Os pinos 2 e 3 do driver determinam que estado está: se o pino estiver em nível alto, ele está no modo de transmissão, em nível baixo, em modo de recepção. Eu costumo chamar de modo de trasmissão como modo dominante: neste estado, o driver "domina" o barramento, e nnguém mais pode transmitir enquanto ele não liberar o barramento, que eu chamo de modo recessivo. Somente um dispositivo no barramento pode estar no modo dominante, todos os demais devem estar no modo recessivo. Obviamente, quando o dispositivo dominante termina a sua transmissão, ele entra em modo recessivo e libera o barramento, então outro dispositivo pode dominar o barramento. A forma como os dispositivos sabem que podem dominar ou não o barramento é a inteligência do sistema, e o protocolo que a pessoa desenvolver deve prever esta situação. Isto é um assunto um pouco mais complexo.

Aqui temos uma ligação típica entre dois dispositivos por RS485:

http://images.elektroda.net/21_1162697116.gif
Note que em cada um tem um resistor, na imagem está de 100 ohms, eu costumo usar de 120 ohms. Dependendo da distância (se for curta), o barrament funciona bem sem nenhuma terminação, mas é bom colocar. Os dois resistores acabam ficando em paralelo, dando um total de 50 ohms, que é a impedância da linha. Note que os GNDs não estão interligados. Isto é opcional. O ideal é que sejam interligados, mas se a distância for curta, o ruído do ambiente for pouco, etc, a ligação pode ser dispensada. Observe que o pino 6 (geralmente chamado de RS485 A, RS485 +, ou simplesmente de A) está ligado no outro dispositivo no pino 6, e o 7 (também chamado de B, RS485-, Geraldo, pode dar o nome que preferir) também se liga no outro dispositivo no pino 7.
Se desejar colocar mais dispositivos no barramento, basta ligar no barramento, ligado o pino A na linha A e o pino B na linha B. Os demais dispositivos não devem ter resistor de terminação. O ideal do barramento RS485 é que ele seja uma única linha, sem derivações, ligações tipo "Y" onde puxa um trecho prá um dispositivo e outro trecho prá outro. E os resistores de terminação devem estar preferencialmente nas pontas do barramento.

Se ficou alguma dúvida, é só perguntar. Eu considero muito importante dominar este assunto, o RS485 é uma forma de comunicação extremamente prática, simples e barata, e muito útil em um número enorme de aplicações.

Obrigado pela resposta, vou ver se consigo um tempo para montar a placa e testar com esse exemplo http://microcontrolandos.blogspot.com.b ... .html#more.