Componentes XingLing

Produtos XingLing
É inegável que os componentes eletrônicos (também quaisquer produtos) XingLing são muito mais baratos que os produtos originais.
O problema com estes produtos é que não possuem as especificações idênticas aos originais.
Projetei um frequencímetro que teoricamente funcionaria até 40MHz.
Até então só possuía um gerador de sinais feito com o CI XR-2206. Este gerador tem a frequência gerada por meio de um circuito RC. Além dele possuir limitação prática de frequência em algumas centenas de kHz, a estabilidade de frequência não é lá grande coisa, variando muito ao longo do tempo e da temperatura. Em conseqüência não pude testar o frequencímetro para frequências mais altas.
Adquiri um gerador de frequências do tipo DDS, com resposta em frequência prática em até cerca de 10MHz (onda quadrada).
Testando o frequencímetro com este gerador, constatei que ele media até uns 17MHz.
Havia projetado o frequencímetro para responder a duas entradas; TTL e sinais a partir de 150mVpp. Ocorre que, apesar das simulações da parte amplificadora facilmente responder até 40MHz de onda quadrada, o mesmo não ocorria na prática.
Verificando onde havia o gargalo, descobri que o mesmo ocorria devido aos transistores.
Depois de muito tempo investido no projeto, software, PCI e montagem, decidi que valeria a pena investir mais um pouco e tentar tirar o máximo proveito do frequencímetro.
Sendo assim, projetei e montei um oscilador TTL com um cristal de 20MHz para servir de sinal de entrada para o frequencímetro.
O oscilador de 20MHz, com um inversor hex schimitt-trigger 74HC14, deveria responder até 40MHz com onda quadrada. Ocorreu que a onda quadrada já ficava sofrível em 20MHz. Ok que meu osciloscópio também possui limitação em frequência. Algo entre 50MHz e 100MHz, mas percebia-se que a limitação não era somente devido ao osciloscópio.
Mesmo assim o oscilador era aceitável. A montagem da PCI fora feita com trilhas bem curtas e diretas, não aparentando incluir maiores limitações.
O passo seguinte foi incluir um estágio amplificador de HF em cascata com o oscilador de 20MHz, para observar se este adicionava as tais limitações encontradas no frequencímetro. Este estágio é um daqueles que são praticamente padronizados e que se encontra aos borbotões na net.
Possui um resistor de 470 R em série com um indutor de 3,3uH do coletor ao +5V.
Montei usando a técnica Manhatam, pequenas ilhas de CI sobre a placa totalmente cobreada de CI, que formava o terra. Técnica já consagrada e aceita.
Pois bem! O sinal ficava bem deformado no coletor, justificando a limitação em frequência do frequencímetro aquém do esperado, apesar da simulação mostrar o contrário.
Aí pensei em trocar o transistor por outro, teoricamente mais rápido.
Substituí o MPSH10 pelo BFY90, sem efeito prático. Tentei usar outro transistor, que deveria ser de UHF com FT (Frequência de Transição) em 7GHz. Sem sucesso. Ambos os três eram XingLing.
Me lembrei que ainda possuía um BFY90 original dos áureos tempos, antes da explosão asiática. Testei com ele. A forma de onda no coletor melhorara, mas ainda não o suficiente. Notava-se que para sinais de entrada um pouco maiores (a entrada deste estágio provem de uma saída TTL), o transistor saturava. Como é sabido, a transição positiva do coletor é lenta, quando o transistor parte da saturação.
Incluí um diodo schottky entre base e coletor, para reduzir a saturação. Incluí também um resistor de base à terra, para que a capacitância de base fosse descarregada mais rapidamente e o transistor cortasse mais rapidamente. A forma de onda no coletor melhorara sensivelmente.
Sei que este circuito que pretende evitar a saturação não é o ideal, pois ainda permite que o transistor entre na região de saturação. Um circuito com dois diodos seria melhor, mas exigiria mais componentes além dos diodos.
Dessa cansativa história pude concluir o seguinte:
“Se o seu circuito vai depender de componentes que trabalhem em seu limite elétrico, então é imperativo usar componentes originais, caso contrário, os XingLing são suficientes”.
MOR_AL
É inegável que os componentes eletrônicos (também quaisquer produtos) XingLing são muito mais baratos que os produtos originais.
O problema com estes produtos é que não possuem as especificações idênticas aos originais.
Projetei um frequencímetro que teoricamente funcionaria até 40MHz.
Até então só possuía um gerador de sinais feito com o CI XR-2206. Este gerador tem a frequência gerada por meio de um circuito RC. Além dele possuir limitação prática de frequência em algumas centenas de kHz, a estabilidade de frequência não é lá grande coisa, variando muito ao longo do tempo e da temperatura. Em conseqüência não pude testar o frequencímetro para frequências mais altas.
Adquiri um gerador de frequências do tipo DDS, com resposta em frequência prática em até cerca de 10MHz (onda quadrada).
Testando o frequencímetro com este gerador, constatei que ele media até uns 17MHz.
Havia projetado o frequencímetro para responder a duas entradas; TTL e sinais a partir de 150mVpp. Ocorre que, apesar das simulações da parte amplificadora facilmente responder até 40MHz de onda quadrada, o mesmo não ocorria na prática.
Verificando onde havia o gargalo, descobri que o mesmo ocorria devido aos transistores.
Depois de muito tempo investido no projeto, software, PCI e montagem, decidi que valeria a pena investir mais um pouco e tentar tirar o máximo proveito do frequencímetro.
Sendo assim, projetei e montei um oscilador TTL com um cristal de 20MHz para servir de sinal de entrada para o frequencímetro.
O oscilador de 20MHz, com um inversor hex schimitt-trigger 74HC14, deveria responder até 40MHz com onda quadrada. Ocorreu que a onda quadrada já ficava sofrível em 20MHz. Ok que meu osciloscópio também possui limitação em frequência. Algo entre 50MHz e 100MHz, mas percebia-se que a limitação não era somente devido ao osciloscópio.
Mesmo assim o oscilador era aceitável. A montagem da PCI fora feita com trilhas bem curtas e diretas, não aparentando incluir maiores limitações.
O passo seguinte foi incluir um estágio amplificador de HF em cascata com o oscilador de 20MHz, para observar se este adicionava as tais limitações encontradas no frequencímetro. Este estágio é um daqueles que são praticamente padronizados e que se encontra aos borbotões na net.
Possui um resistor de 470 R em série com um indutor de 3,3uH do coletor ao +5V.
Montei usando a técnica Manhatam, pequenas ilhas de CI sobre a placa totalmente cobreada de CI, que formava o terra. Técnica já consagrada e aceita.
Pois bem! O sinal ficava bem deformado no coletor, justificando a limitação em frequência do frequencímetro aquém do esperado, apesar da simulação mostrar o contrário.
Aí pensei em trocar o transistor por outro, teoricamente mais rápido.
Substituí o MPSH10 pelo BFY90, sem efeito prático. Tentei usar outro transistor, que deveria ser de UHF com FT (Frequência de Transição) em 7GHz. Sem sucesso. Ambos os três eram XingLing.
Me lembrei que ainda possuía um BFY90 original dos áureos tempos, antes da explosão asiática. Testei com ele. A forma de onda no coletor melhorara, mas ainda não o suficiente. Notava-se que para sinais de entrada um pouco maiores (a entrada deste estágio provem de uma saída TTL), o transistor saturava. Como é sabido, a transição positiva do coletor é lenta, quando o transistor parte da saturação.
Incluí um diodo schottky entre base e coletor, para reduzir a saturação. Incluí também um resistor de base à terra, para que a capacitância de base fosse descarregada mais rapidamente e o transistor cortasse mais rapidamente. A forma de onda no coletor melhorara sensivelmente.
Sei que este circuito que pretende evitar a saturação não é o ideal, pois ainda permite que o transistor entre na região de saturação. Um circuito com dois diodos seria melhor, mas exigiria mais componentes além dos diodos.
Dessa cansativa história pude concluir o seguinte:
“Se o seu circuito vai depender de componentes que trabalhem em seu limite elétrico, então é imperativo usar componentes originais, caso contrário, os XingLing são suficientes”.
MOR_AL