mrgadotti escreveu:.....
Olá MOR_AL,
Fiquei bem curioso das restrições, esse circuito usava a a uns 10 anos na eletrônica od meu pai e recentemente remontei um pra meu uso pessoal, na época gostei dele por que não precisava montar o transformador que alguns projetos utilizava. Mas um problema dele que é notável é o consumo, uma bateria de 9V não dura muito tempo em uso constante...
Olá mrgadotti!
Os detalhes se encontram no
segundo vídeo.
Observe o circuito da ponte de Wheatstone, formado pelos componentes R9, R10, R11 e R12. O oscilador aplicado a ela, tem a amplitude da fonte, mas somente é aproveitado cerca de 1/50 avos do sinal. Há um grande desperdício de energia da fonte, quando usado com bateria de 9V.
Outro detalhe é que a resistência de carga é de 22 ohms. O valor da RSE é função do valor do divisor resistivo de 22 ohms e do de 1k . Essa função é inerentemente não linear. Para podermos medir melhor a RSE, o resistor de 22 ohms deve ser reduzido para um valor com a mesma ordem de grandeza da RSE.
No meu caso eu reduzi o resistor de 22 ohms para 2,2 ohms. Isso deixa a parte crítica da não linearidade mais afastada da região esperada para uma RSE de boa qualidade.
O fato de usar um resistor de tão baixo valor, e aplicar uma tensão com cerca de 80mVpp no eletrolítico, exige uma corrente de 18mA médios. Para reduzir o consumo, eu usei um transformadorzinho. Ele reduz os meus 10Vpp do primário para 80mVpp no secundário. Com isso a corrente de secundário aumenta e a de primário fica reduzida, poupando a fonte.
Outro detalhe é que o operacional U1B está amplificando um sinal na frequência do oscilador. Para que a reatância capacitiva do eletrolítico não influencie na medida, a frequência tem que ser alta. Normalmente usa-se 50kHz a 100kHz. Estou usando 100kHz. Nessa frequência o operacional já fica com ganho de open loop baixo e usando-se realimentação negativa, como deve ser, o ganho real não é suficiente para sensibilizar um galvanômetro comum. Isso força o uso de galvanômetros mais caros e trabalhosos para se obter. Uma de minhas diretivas de projeto foi a possibilidade de se usar galvanômetros mais comuns, encontrados em sucata de equipamento. Eu usei um aproveitado de um VU de um amplificador. Ele precisa de 0,39mA para deflexionar a agulha até o final, mas funciona também com até 1mA.
O retificador feito com U1C, possui dois inconvenientes. É uma retificação na frequência do oscilador, algo entre 50kHz e 100kHz. A detecção fica prejudicada nessas frequências e a linearidade para pequenos sinais também, apesar de ser uma opção. O outro inconveniente é que se costuma usar um retificador, dobrador de tensão, para se obter maior nível cc e com isso sensibilizar melhor o galvanômetro. No meu segundo vídeo eu mostro duas curvas de retificação, uma com 1N4148 (Si) e outra com 1N34 (Ge). Pode-se observar a qualidade/linearidade da retificação com diodos de germânio para pequenas potências.
Observar que o galvanômetro pode ser substituído por uma entrada analógica de um microcontrolador, mas tal opção não permite que se retire nenhum estágio até aqui mencionado.
O potenciômetro RV1 tem a finalidade de se ajustar e calibrar o nível de sinal aplicado, ou ao galvanômetro, ou à entrada analógica do microcontrolador.
O detalhe é que, sendo o ganho fixo até este ponto, sinais fortes na entrada podem vir a causar saturação. Costuma-se colocar o potenciômetro na entrada, antes das amplificações. Com isso ajusta-se o ganho sem preocupação de provocar saturações nos estágios.
[]'s
MOR_AL
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