a explicacao deles eh meio superficial sobre como as coisas funcionam... se a wikipedia estiver induzindo vc a acreditar que TIFF eh um formato vetorial, cuidado! TIFF eh um formato bitmap!
veja que TIFF nunca foi criado para ser um arquivo padrao para impressao industrial, pois ele eh um arquivo padrao para pre-impressao. quando vc tem um conjunto de fotos, sejam coloridas ou preto-e-branco, vc precisa colocar elas no computador atraves de um scanner. suponha que uma foto preto-e-branco de um diagrama em papel carta vc digitaliza com 300 dpi (pontos por polegada) e uma foto colorida vc digitaliza direto de um negativo a 2540 dpi.
o diagrama em papel carta a 300 dpi vai ter 300x300 pixels de tamanho em cada polegada quadrada, sendo que o tamanho de 8.5 x 11" vai gerar 8,415 milhoes de pixels. como eh um bitmap preto-e-branco, o tamanho efetivo sera de pouco mais de 1MB e a imagem tera 2250 x 3300 pixels.
quanto a imagem digitalizada a 2540 dpi, sabemos que 2540 pontos/polegada seria 100 pontos/mm, asism temos uma resolucao de 3600 x 2400 pixels na imagem digitalizada a 24 bits por pixel. como sao 8.64 milhoes de pixels e cada um consome 3 bytes, temos quase 25MB de tamanho.
daih o cara do scanner profissional te manda as imagens para vc fazer a diagramacao e bingo... qual eh o tamanho correto delas mesmo? daih que entra o TIFF! no cabecalho do arquivo TIFF vc pode armazenar nao apenas o tamanho do array de pixels, mas tambem informacoes sobre a resolucao e tamanho original da imagem. e entao vc vai encontrar as informacoes no cabecalho que a imagem de 1MB esta com 300 dpi e a imagem com 24 MB esta com 2540 dpi.
quando vc importa uma imagem TIFF para um software, ele vai ler essa informacao e escalar a imagem para o tamanho correto. veja que esta escala nao cria nem apaga informacao: o mesmo array de 2250 x 3300 pixels estara armazenado no arquivo. soh que o processo de pre-impressao extrai as informacoes do heade TIFF e armazena em outro lugar, decapita este header e armazena o bitmap em um array de pixels para mais tarde usar isso para gerar um arquivo postscript.
o postscript eh o formato de arquivo padrao para a saida final e eh um formato vetorial. isso significa que a imagem TIFF convertida lah para dentro sera processada praticamente pixel a pixel, ou seja, cada pixel irah passar por uma matriz de transformacao durante o processamento do arquivo postscript como se cada pixel fosse um quadrado vetorial. por este motivo o processamento que converte o arquivo vetorial no formato final eh feito por servidores dedicados conhecidos como RIP, de raster image processor. imagine que uma imagesetter com um laser operando a 2540 dpi renderiza mais de 6 milhoes de pixels por polegada quadrada, o que leva a 603 milhoes de pixels para uma folha padrao carta.
note que durante todo o processo, o array de pixels do arquivo TIFF continuou com o mesmo tamanho. a unica coisa que foi utilizada dele foi o campo que indicava a profundidade de cor e a densidade original da digitalizacao. essa densidade eh utilizada entao para o RIP postscript fazer a escala entre o array de pixels (jah em formato postscript) e o buffer de impressao. no caso, a escala para q o array fique no tamanho correto seria 2540/300, ou seja, 8.46667x. assim a imagem TIFF de 2250 x 3300 se transforma em uma imagem que ocupa o espaco completo do buffer de impressao no RIP e isso se materializa como uma pagina inteira impressa. note que a resolucao original de 300 dpi e a resolucao efetiva do laser a 2540 dpi nao tem correlacao e o metodo para resolver isso depende da implementacao. se desejado, o RIP pode ateh fazer anti-aliasing no momento de escalar a imagem.
no caso da outra foto que veio direto do filme, o cara pode nem sabe o tamanho que a foto ficaria. na imagem TIFF ele vai estar indicado pelo scanner como captado a 2540 dpi, mas durante o pre-processamento de fotos eh possivel alterar essa indicacao, digamos, de 2540 dpi para 254 dpi, sem alterar em absolutamente nada a imagem: ela continua tendo um array de 3600 x 2400 pixels. foi alterado apenas um parametro no header da imagem. mas na hora de importar no software de pre-impressao, ela vai automaticamente escalar para 350x240mm e ser interpretada como uma imagem capturada a 254 dpi.
na hora de gerar a saida final, o software de pre-impressao vai decapitar o header TIFF, armazenar a densidade de pixels por polegada para que o RIP calcule a escala e converter o array para um array postscript.
porem o arquivo vai ficar um tanto quanto grande em funcao dos 25MB do bitmap. ocorre que o formato postscript foi evoluindo com o tempo, entao em determinada epoca jah era possivel encapsular arquivos TIFF dentro de arrays de imagem postscript. assim vc pode tirar vantagem da compressao LZW sem perder nenhum pixel da imagem. obvio, na hora de imprimir o RIP vai precisar decapitar o header TIFF, expandir o bitmap, transformar em um array e fazer o trampo incrivelmente brutal de passar cada pixel em uma matriz de transformacao. eh a unica forma de obter precisao absoluta na impressao. a vantagem nesse caso eh que numa imagesetter de 2540 dpi a escala sera de 10 redondo, entao cada pixel da imagem original sera formado por um quadrado de 10x10 pixels.
isso eh um bonus interessante pq o laser na verdade nao tem capacidade de para gravar pixels em gradacoes, ele tem que gravar pixels acesos ou apagados. isso ocorre pq o filme gerado na imagesetter depois vai virar um painel metalico com depressoes q vao armazenar a tinta. assim os quadrados de tamanho 10x10 vao formar reticulas circulares de tamanhos variados e diametro maximo de 10 pixels, alguma coisa como:
indo um pouco mais adiante, com a difusao de JPEG as pessoas comecaram a acreditar que a compressao com perdas nao era realmente tao significativa e, veja soh, quem deu a decisao final foram os fabricantes de impressoras e imagesetters: no momento que os RIPs postscript passaram a aceitar arrays de bitmaps codificados em JPEG, todo mundo comecou a usar. a vantagem eh obvia: arquivos postscript muito menores. e para chutar o balde, eh possivel usar um header TIFF para carregar um payload JPEG.
mas na pratica a diferenca final praticamente inexiste: independente do formato encapsulado, o RIP vai abrir o array de pixels que todo formato bitmap carrega e vai montar um array para passar numa matriz de transformacao, tratanto os pixels vetorialmente. ironicamente, tudo isso volta a ser um grande buffer de imagem com um array de pixels no final
algumas pessoas perguntam pq diabos postscript eh vetorial se no RIP eh sempre gerado um buffer com um array de pixels. isso ocorrem em funcao do tipo de tecnologia raster que eh utilizada em imagesetters e impressoras, essencialmente um laser cuja deflexao eh feita por espelhos hexagonais de alta velocidade. como existe um padrao fixo de varredura e ele eh rapido demais, utilizar um buffer faz as coisas funcionarem melhor.
mas as primeiras imagesetters utilizavam CRTs vetoriais de altissima resolucao, como os utilizados em sistemas de radar:
note que nao tem serrilhas, pq nao eh feita uma varredura pixel a pixel, ao inves disso eh feito linha a linha, vetorialmente! mas imagine pre-processar imagens vetoriais altamente complexas, suprimir linhas desnecessarias ou quebradas para depois ir gravando linha por linha em um filme? eh meio moroso, mas eh de onde postscript surgiu... daih ateh para gerar uma reticula ligando e apagando o feixe nas posicoes corretas. conforme o tempo aceso, vc tem mais ou menos exposicao, determinando o tamanho da reticula! hehehe
com os sistemas a laser este hardware ficou obsoleto e foi substituido, mas os conceitos foram ficando os mesmos e postscript ficou por aih por muito tempo. hoje o padrao para impressao final eh o PDF, que em essencia nao passa de postscript comprimido.
Djalma Toledo Rodrigues escreveu:Marcelo Samsoniuk escreveu:imagens vetoriais sao uma coisa, imagens bitmap sao outra coisa. francamente nao entendi de onde vc tirou que imagens JPEG, TIFF e GIF teriam naturezas diferentes, visto que todas elas sao bitmaps!

* TIFF - Tagged Image File Format
Arquivo padrão para impressão industrial (offset, rotogravura, flexogravura); também muito usado como opção nas câmaras fotográficas.
É um formato de arquivos que praticamente todos os programas de imagem aceitam. Foi desenvolvido em 1986 pela Aldus e pela Microsoft numa tentativa de criar um padrão para imagens geradas por equipamentos digital. O TIFF é capaz de armazenar imagens true color (24 ou 32 bits) e é um formato muito popular para transporte de imagens do desktop para bureaus, para saídas de scanners e separação de cores.
O TIFF permite que imagens sejam comprimidas usando o método LZW e permite salvar campos informativos (caption) dentro do arquivo. No Photoshop, use o comando File Info do menu File para preencher tais campos informativos
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Imagem vetorial
A imagem vetorial é criada recorrendo a entidades de desenho como retas, pontos, curvas polígonos simples, etc.
A imagem vetorial era originalmente dependente de equipamentos de desenho controlados numericamente como um plotter de traçagem e, sendo dependente de interpretação pelo dispositivo, a imagem de uma entidade como a linha necessita de poucas informações para ser representada, como o tipo de linha, a sua cor, sua espessura, o ponto de início, o ponto final. Plotters de traçagem encontram-se em desuso, obsoletizados por plotters de rastreamento que imprimem desenhos à maneira das impressoras, fazendo primeiro uma conversão de um desenho vetorial para um desenho de rastreio. O tamanho dos arquivos de desenho vetorial são relativamente menores que os arquivos de desenho de rastreio.
<----------------->http://img69.imageshack.us/img69/1736/imgyu.jpg
Fonte: Wikipédia