será q vinga???

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será q vinga???

Mensagempor jean » 28 Mar 2007 19:31

CEITEC entrega primeiro chip comercial brasileiro

http://www.ceitecmicrossistemas.org.br/portal/noticias_details.php?id=48
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Re: será q vinga???

Mensagempor andre_luis » 29 Mar 2007 10:14

Pelo que eu pude "traduzir" desse texto, me parace que a CEITEC atuou como uma Design-center, e não propriamente como um fabricante. Na verdade, desenhar circuito integrado, eu já fiz em meu projeto de final de curso da enngenharia na UFRJ, onde fiz 2 cadeiras de microeletronica.

Para desenhar um CI, basta ter um software de centenas de milhares de dólares e voce é capaz de desenvolver a máscara de qualquer CI, usando VHDL, Verilog, State-machine, Schematic, etc...No caso, usamos lá o Edge, da Cadence.

A propósito, laboratório onde estudei na UFRJ ( o LPC ), foi sucateado, e os profissionais ( brasileiros ) voltaram a trabalhar na europa, de onde foram formados.

O ponto cricial, seria mesmo a FABRICACAO destes CI's. Essa tecnologia metalúrgica sim, é que é o pulo-do-gato, mas nao a detemos. A USP já fabricou alguma coisa, mas os laboratórios desta área foram desativados lá. A SID, de MG, também já produziu CI's ( as portas lógicas 74LS.... ), mas faliu por má administração dos herdeiros do patriarca, fundador da empresa.

Esse é o país que vota num molusco-inácio-da-silva, maluf, collor e clodovil. Nao tem futuro mesmo.
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Mensagempor jean » 29 Mar 2007 10:31

André a proposta do CEITEC é começar a fabricar os chips aqui mesmo no Brasil a apartir de 2008, ou seja, fabricação nacional sim..
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Mensagempor phophollety » 07 Abr 2007 18:13

Temos por volta de três fabricantes de semicondutores no BR..

IC - ItauCom. (mas acho que fechou)

Semicondutore Corona (só potência, Diodos, SCR, Triacs...)

Semikron (igual a Corona, só para coisas pesadas)

O que dói é que na época de 70/80 tinhamos mais de 15 fabricantes!

Até a Texas estava aqui!!! (tenho TIPs e TICs com o BRASIL gravado, assim como portas da IC!!!)
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Mensagempor brasilma » 07 Abr 2007 22:05

Produtor em ciclo completo só a SID mesmo, os demais apenas fazem a etapa final de embalagem e marcação - devido a um incentivo fiscal que acabou.
" A Teoria orienta e a Prática decide" ;-)
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Mensagempor phophollety » 07 Abr 2007 22:56

Nós eramos fodas... eu posso ter apenas 18, mas as nova eletrônicas velhas me ensinaram muito....

Embrape, coisa linda que era...
Nosso padrão de TV, o melhor
Gradiente, pena que se perdeu
Brastemp, o mesmo
Gurgel, outra...
Tinhamos EDISA (HP Brasil), ATPHITEC (Fluke Br), MAXITEC (Siemens Br), elebra, e muitas mais... todas foram para o buraco...

Isso me chateia sinceramente.. igual quando passo pela região da móoca e impiranga, os pátios abandonaos.. de cortar o coração
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Re: será q vinga???

Mensagempor Controladores » 15 Abr 2007 20:51

Realmente a situacao das empresas no Brasil é problematica, mas nao adianta reclamar, temos que nos organizar e ver de que forma podemos contribuir para que esse quadro de dificuldades mude para melhor, tem muita coisa boa e de dar orgulho sendo feita no Brasil principalmente na area da saude e pesquisa cientifica para essa area, nao podemos ficar esperando acoes do governo, mas temos sim que fazermos o que puder para melhorar e dar valor aos produtos nacionais.
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Mensagempor phophollety » 15 Abr 2007 22:51

Temos ao menos a sorte do Br ser capitalista.. por exemplo..

Nossos portos são um lixo, agora estão sendo modernizados, iniciativa privada
Assim como Telecom, TV Digital, Saúde, Energia, Correios, Petróleo (49%) e assim vai.. funciona? Sim.. mas não com o preço que tem....
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Mensagempor xultz » 16 Abr 2007 11:02

Até onde eu sei, a S!D Micro só encapsulava também...
98% das vezes estou certo, e não estou nem aí pros outros 3%.
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Mensagempor msamsoniuk » 16 Abr 2007 13:12

a SID fazia difusao tambem, alias foi a unica empresa nacional que conseguiu fazer isso em escala industrial, mas a tecnologia foi herdada durante a compra de uma antiga fabrica da philco/RCA.
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Mensagempor phophollety » 16 Abr 2007 14:48

Tudo bem se for tecnologia herdada, o que importa é desenvolver como lá fora a partir da conhecida tecnologia herdada!

Eu fico pensando.. para os caras lá é tão fácil conseguir até o mais complexo ARM9 ou FPGA...

E nós nos matamos para comprar pic... F*** isso
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Mensagempor Lorin » 16 Abr 2007 15:53

Olhem no final de 2003, o pessoal conversou bastante sobre este tema a partir de um texto colocado pelo Jeff com o título do O RISCO DA DISSOLUÇÃO DA ENGENHARIA NACIONAL, está neste link:

http://www.asm51.eng.br/forum/topic.asp ... IC_ID=2472

E eu coloquei um pequeno histórico naquele tópico:

...Quanto aos PIC's que o Jean não acha, vejam que o problema é antigo e só piorou e vai piorar, num comentário a seguir de um leitor ao editor da mais antiga revista de eletrônica do Brasil, que se chama ANTENNA e editor era o Sr Gilberto A Pena; retirado do n.276 de junho de 1952:
"Nós, técnicos do Rio, de São Paulo e de algumas das capitais brasileiras, quando saimos à rua, de posse de uma lista de materiais que precisamos adquirir, já vamos de espírito preparado: para longas caminhadas, numa infindável peregrinação pelas casas especilizadas; para o "não temos" dos balconistas...com esta escassez de componentes no mercado brasileiro, sofrem muito mais os técnicos que não residem nos grandes centros..." Por quê?

Vocês sabiam que o Brasil já teve uma razoável industria nacional na área eletrônica em geral? Vejam:

ANTENNA de janeiro de 1955:
"A edição de janeiro de 1955, publica um relatório sobre a indústria de componentes eletrônicos no Brasil, mencionando as fábricas visitadas pela reportagem de ANTENNA. (Vinte anos depois verifica-se que a maioria delas encerrou as atividades ou foi absorvida pelas hoje chamadas "multinacionais".)".

ANTENNA de setembro de 1958:
"em setembro, editorial sobre o "descontrole nos preços dos componentes" - reflexo da inflação galopante resultante da política "desenvolvimentista" do Governo Federal. Em outubro, de Cr$ 15 a revista passa a custar Cr$ 20,00".

ANTENNA Vol 41 de 1959:
"O vol 41 evidencia problema: revistas magras, com poucos artigos e pouquíssima receita de anúncios. Os custos, crescendo sempre, provoca o aumento da revista em 25%...é quase nula a presença de artigos originais de autores brasileiros..."

E agora o mais interessante e pertinente:

ANTENNA janeiro de 1965:
"a edição de janeiro publica o editorial "MONOPÓLIO A VISTA"! Nele, o diretor de ANTENNA fornece pormenores da denúncia, apresenstada perante o 1o (primeiro) Congresso Nacional de Engenharia Eletrônica , da existência de um plano para o monopólio da indústria eletrônica no Brasil.Notamos um grupo industrial estrangeiro diversificar de modo flagrantemente antiecônomico a sua produção...a fim de dominar os meios de divulgação técnica, que passariam a atender exclusivamente aos interesses comerciais do cartel; e, finalmente, fala-se no inexplicável DESAPARECIMENTO DE VÁRIAS FÁBRICAS DE COMPONENTES que pareciam, pela qualidade ou o volume de produção estar se tornando INCÔMODAS aos interesses do grupo.

e o mais importante e conclusão:

"Onze anos depois, uma reportagem da revista VEJA sobre o cinquentenário (50 anos) da indústria eletrônica no Brasil registra a "REVERSÃO" ocorrida nos últimos tempos: Segue a VEJA:"A indústria eletrônica no Brasil registra a "REVERSÃO" ocorrida nos últimos tempos:"A indústria nacional, que DETINHA 80% DO MERCADO DE TELEVISORES, se vê hoje em uma posiçào inversa. Seus técnicos acabaram sendo conquistados pela empresa estrangeira com atrativo de salário e pespectivas de estágio no exterior". E relaciona NUMEROSAS FÁBRICAS BRASILEIRAS QUE FECHARAM SUAS PORTAS - inclusive uma que era a terceira maior vendedora de televisores, ACIMA da PHILIPS E da PHILCO.
A reportagem de VEJA concentra-se na indústria de aparelhos de rádio, TV e amplificação sonora; não entra em pormenores sobre a de componentes. Esta, todavia está hoje quase TOTALMENTE em mãos de empresas estrangeiras: as poucas fábricas nacionais que não fecharam -forçadas pela DESLEAL prática do "DUMPING" - FORAM ABSORVIDAS PELAS MULTINACIONAIS!"
Vejam bem este relato é de 1965!!!Para comprovar comprem a EDIÇAO HISTÓRICA COMEMORATIVA DE ANTENNA de 1926/1976. Na LITEC na Santa Ifigênia tem (Rua Vitória??).

site de ANTENNA: http://www.antennaeletronicapopular.com.br

Tem outras considerações pessoais que faço depois...

Vou abrir um outro tópico chamado "A PERDA DE INFORMAÇÃO DOS TÉCNICOS E O DESEMPREGO" da revista do Clube de Engenharia de MG e publicada na antiga revista do APOLON FANZERES a muitos anos e dá certinho com a situaçào atual sem tirar nem pôr!

Vejam se o texto acima, não é o mesmo caso relatado pelo Geólogo Alvaro.Na realidade ambos casos tem uma mesma causa!!!...

Sdçs
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Mensagempor chipselect » 16 Abr 2007 17:48

cadê o programa nacional de microeletrônica do governo atual? ehehehehe
http://www.sct.rs.gov.br/programas/ceit ... nme_01.htm

Olha como funciona o incentivo ao desenvolvimento no Brasil:
Projeto: Software para controle e monitoramento de produção têxtil
Integrantes:
1. os desenvolvedores (os que iam realmente trabalhar)
2. um tal de serviço nacional de arpendizagem blá blá (pra não dizer o nome)
3. A incubadora tecnológica
4. o "consultor" que veio apresentar o projeto

Valor financiado pelo governo: R$390.000,00
O Senai fica com 30% (a título de consultoria...)
O "consultor" fica com 10% (a título de consultoria...)
A incubadora tecnológica fica com 10% (a título de infra-estrutura que não era adequada...)

Os caras que iam trabalhar de verdade ficam com o resto (50%)

Detalhe, tinha contrapartida de R$90.000,00 que deveria ser pago antecipado... nisso nenhum dos "parceiros" dos desenvolvedores iriam entrar com as devidas participações.... só os desenvolvedores que iam pagar isso.

Ou seja, quem trabalha ia ficar com menos de 50% da verba bruta...

E olha que acharam ruim ainda quando os pobres e honestos "desenvolvedores" recusaram a oferta dizendo que não valia a pena...

Esse é o tipo de incentivo à pesquisa do governo? Imagine como ficam as indústrias...
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Mensagempor BOTTINO » 26 Abr 2007 16:22

Seria muito bom que isso desse certo, mas se tiver "política" vai ter é muita robaleira do dinheiro para os projetos.
herdar tecnologia até um certo ponto de vista não leva ninguém a lugar nenhum as grandes potências não herdam nada e sim criam novas tecnologias...
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Mensagempor andre_luis » 27 Abr 2007 10:58

Trabalhei numa firma, que adquiriu a massa falida da MULTITEL, que chegou a fabricar aqui no RJ um CI para relógio de medicao de energia eletrica. Eu tenho guardado em casa esse CI como peça-de-museu.

Também, na UFRJ, fiz 2 cadeiras no laboratório de microeletronica, cujo software que usamos foi comprado pelo CNPQ por quase 1 milhao de dólares na época, e quando o visitei novamente estava sucateado, e os profissionais foram pra europa.

Moiral da história : O último que sair, apague a luz, por gentileza.

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