por rona123 » 30 Mai 2010 11:48
Bem,
Vou escrever minhas opiniões a todos que ainda possuem dúvida:
O ICD3 é uma ferramenta nova e cara. Tenho a impressão que o projeto ainda não está totalmente consolidado e somente vale a pena sua compra para profissionais programadores bastante avançados que usam as técnicas de depuração para desenvolvimento de programas complexos envolvendo dispositivos avançados. Tenho um e foi substituído no período de garantia por uma falha bastante estranha que gostaria de poder avaliar melhor, mas o importador solicitou o produto para enviá-lo a fábrica.
ICD2 - ofereço um clone bastante estável e funcional - uso mais ele que o ICD3. Montado em PCB de qualidade e com circuito de hardware bastante cuidadoso baseado nas ultimas versões produzidas de ICD2. Ofereço também uma placa soquete ZIF que permite a programação de componentes DIP de 3,3V no soquete com uso de fonte externa auxiliar.
PICKit2 - Me considero um dos responsáveis pela popularização dele no mercado brasileiro. É um projeto aberto e meu clone segue TODAS as recomendações do original em termos de hardware e funcionalidades com muitas melhorias que o colocam em um nível bastante alto em relação a concorrência, que oferece "projetos capadinhos e baixa vida útil" - conforme a descrição que encontrei na internet. Cuidado aos compradores => metade do preço significa metade do produto e muito menos da metade em termos de vida útil.
Para se ter uma idéia do que se precisa como ferramenta é importante saber como será feito o trabalho. Para quem apenas grava o resultado de copiladores, o PICKit2 é a melhor opção. Para quem executa operações de depuração de programas, o ICD2 é a melhor opção apesar do PICKit2 também depurar, ele é mais lento e limitado que o ICD2.
Convém baixar do site da Microchip o MPLAB IDE e verificar quais as ferramentas direcionadas a cada dispositivo e fazer a escolha baseado nessas informações e no seu método de trabalho.
Uma coisa que considerei durante o desenvolvimento dos produtos foi a aplicação de caixas plásticas. O custo e as complicações de projeto inviabilizam a produção em pequena escala. O mesmo acontece com a aplicação de técnicas de montagem em superfície SMT que precisa de investimento adicionais. Quem monta SMT manualmente é “Component killer” e uma máquina “Pick and Place” e um “Forno de Refusão” são caros e mesmo terceirizados tem hora máquina cara - e não se iludam ninguém vende nada sem lucro. Alguns vendedores argumentam equivocadamente que a caixa plástica protege o circuito contra descarga eletrostatica - ESD. O erro é que as descargas são conduzidas pelos mesmos condutores que carregam os sinais para gravação - Física Pura e sem contestação.
Sou extremamente preocupado com questões de segurança e faço alertas na versão atual de meu manual de usuário quanto a aplicações que envolvem segurança com meus programadores. A caixa plástica não resolve totalmente todas as questões de segurança. Quem é profissional da área sabe muito bem do que estou escrevendo.
Espero ter ajudado aos interessados e estou a disposição de todos. Saibam que por traz desses produtos está um profissional com 30 anos de trabalho na área com CREA ativo carregando cultura de grandes organizações do segmento de eletrônica.
Obrigado
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rona123 em 30 Mai 2010 21:50, em um total de 5 vezes.