por xultz » 09 Set 2019 08:35
Não existe norma, regra, ou qualquer coisa semelhante para isto. Cada projeto é diferente, tem desafios diferentes, e soluções também. Existem casos até que usar plano de terra e/ou alimentação mais atrapalham do que ajudam. Eu tenho colegas que usam o plano meio que como uma muleta, roteando todos os sinais da placa e deixando o GND por último, aí faz um plano que liga todos os pontos de GND e acha que tá maravilhoso, sem se atentar sobre o caminho da corrente de retorno, locais onde o plano fica estreito (que eu chamo de "pescoço", muito comum em placas face simples e face dupla por causa de outras trilhas que compartilham a mesma face), e coisas do tipo.
Então assim, o plano pode ser muito bom em situações onde você tem alta corrente (para placas que lidam com alta potência), então usar o top prá uma alimentação e o bottom prá um GND, PODE ser uma boa opção. Mas é extremamente importante analisar se ali não tem uma corrente de retorno de um sinal crítico (como um analógico, digital de alta velocidade, etc) que pode ser sujado pela corrente de alta potência. A mesma coisa pode acontecer em um plano de alimentação.
Uma área que não circula corrente e tem sinais analógicos críticos pode ser muito beneficiada por um plano terra, formando um tipo de blindagem. Plano de GND na mesma face, interligada por várias vias com o plano em outra face, pode melhorar ainda mais esta blindagem. Mas é importante que esta região esteja limpa de outras correntes de retorno.
Então... não tem resposta fácil prá essa pergunta. Vai depender muito das características do teu projeto, e do teu placement.
98% das vezes estou certo, e não estou nem aí pros outros 3%.