Sugestão de fonte de bancada

"Comercio" de componentes entre foristas

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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor mrgadotti » 16 Nov 2020 07:53

Talvez não pode ser o tempo de resposta da fonte AFR ou interação com o circuito de controle?
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor edsont » 16 Nov 2020 10:24

mrgadotti escreveu:Talvez não pode ser o tempo de resposta da fonte AFR ou interação com o circuito de controle?


Tempo de resposta acho que não, já que o consumo é muito baixo. Menor que 4mA em 20V.
Medindo resistência do negativo da fonte com o pino terra notei que há uma capacitância. E eu fiz uma coisa errada. Como o meu circuito tem o VCC como comum (obrigatório neste caso em função da aplicação) eu conectei a ponteira do osciloscópio no positivo e a garra no sinal. Eu deveria medir sempre em relação ao negativo, mas neste caso a amplitude do sinal é muito baixa para isso. Então eu obrigatoriamente teria que desconectar o terra do osciloscópio medindo com referência diferente do negativo.
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor KrafT » 17 Nov 2020 09:45

Só por curiosidade... Qual é a aplicação que (ainda) exige positivo comum? É alguma norma?

Como os transistores do tipo N são mais eficientes que do tipo P (melhor transportar cargas do que lacunas), os circuitos integrados, microprocessadores e microcontroladores e tudo o mais que veio em sequência, usa negativo comum. Isso torna um inferno fazer circuitos com positivo comum na atualidade, exceto os puramente com componentes discretos, apm-ops e assemelhados.
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor edsont » 17 Nov 2020 10:45

KrafT escreveu:Só por curiosidade... Qual é a aplicação que (ainda) exige positivo comum? É alguma norma?

Como os transistores do tipo N são mais eficientes que do tipo P (melhor transportar cargas do que lacunas), os circuitos integrados, microprocessadores e microcontroladores e tudo o mais que veio em sequência, usa negativo comum. Isso torna um inferno fazer circuitos com positivo comum na atualidade, exceto os puramente com componentes discretos, apm-ops e assemelhados.


O circuito é um simulador de sensor de vibração (sensor sísmico) para proteção de máquinas.
Eu uso transístor NPN neste circuito, mas a refêrência do sinal é o positivo.
Na verdade os monitores de vibração usam GND e -24V, mas eu uso o -24V como se fosse o GND para facilitar e inverto o sinal na saída com um amp. op. e um transistor NPN.
Eu também não sei porque estes equipamentos trabalham com alimentação invertida.
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor KrafT » 17 Nov 2020 11:03

Bom, se usa Positivo Comum, quando a corrente em geral é muito baixa e as impedâncias são muito altas. Como o cobre naturalmente migra para o eletrodo positivo (migração eletrolítica, se não em falha a memória), ao fazer o positivo comum, se reduz o interferência prejudicial do cobre que migrou.

Não é que não pode ter NPN no circuito desse tipo. Não foi isso que eu disse... A história do NPN/PNP é para explicar a razão dos CIs lógicos em geral serem negativo comum.

Inclusive, vc pode ter um mcu, dsp, fpga, etc num circuito positivo comum, só vais ter que adaptar os níveis de tensão da saídas e as correntes dos GNDs dos CIs (e o inferno decorrente), mas o componente em si será negativo comum. Herdei uns projetos antigos assim e hoje sou o único que ainda se anima a mexer nisso.
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor mrgadotti » 23 Nov 2020 09:21

KrafT escreveu:Bom, se usa Positivo Comum, quando a corrente em geral é muito baixa e as impedâncias são muito altas. Como o cobre naturalmente migra para o eletrodo positivo (migração eletrolítica, se não em falha a memória), ao fazer o positivo comum, se reduz o interferência prejudicial do cobre que migrou.

Não é que não pode ter NPN no circuito desse tipo. Não foi isso que eu disse... A história do NPN/PNP é para explicar a razão dos CIs lógicos em geral serem negativo comum.

Inclusive, vc pode ter um mcu, dsp, fpga, etc num circuito positivo comum, só vais ter que adaptar os níveis de tensão da saídas e as correntes dos GNDs dos CIs (e o inferno decorrente), mas o componente em si será negativo comum. Herdei uns projetos antigos assim e hoje sou o único que ainda se anima a mexer nisso.


Tinha alguns equipamentos bem antigos, ainda da era dos transistores de Germânio, que usavam essa configuração. Quando comecei na eletrônica, queimei um rádio ligando o terra da fonte de bancada no chassis, foi um par de AC187 e AC188 da saída de áudio. Sempre me deu um nó na cabeça quanto a utilizar o positivo comum. Mas até hoje vi muito pouco equipamento com positivo comum, imagino que o negativo acabou se tornando o padrão.
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor KrafT » 24 Nov 2020 08:34

Nossa! AC187 e AC188.. Saudades da minha oficina eletrônica, não fosse a miséria que passei no período. Por sorte o Collor acabou com a reserva de mercado e eu fui obrigado a desistir da ideia de oficina eletrônica.

Mas o positivo comum é coisa dos alemão mesmo, para mitigar os efeitos de migração do cobre das placas. Para a gente isso parece piada, mas imagino que para coisas aeroespaciais e militares que tem que durar muitas décadas, deve ser relevante.
Você não está autorizado a ver ou baixar esse anexo.
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor MOR_AL » 24 Nov 2020 16:14

Se eu procurar bem, acho que ainda devo achar um par AC187/188 na minha sucata.
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor mrgadotti » 25 Nov 2020 08:31

KrafT escreveu:Nossa! AC187 e AC188.. Saudades da minha oficina eletrônica, não fosse a miséria que passei no período. Por sorte o Collor acabou com a reserva de mercado e eu fui obrigado a desistir da ideia de oficina eletrônica.

Mas o positivo comum é coisa dos alemão mesmo, para mitigar os efeitos de migração do cobre das placas. Para a gente isso parece piada, mas imagino que para coisas aeroespaciais e militares que tem que durar muitas décadas, deve ser relevante.


Trabalhei alguns anos na eletrônica do meu pai, do inicio dos anos 2000 até começo de 2009, e na minha infância vivia em meio aos eletrônicos. O pessoal consertava de tudo, de um rádio a pilha a algum equipamento mais sofisticado como um vídeo cassete de 7 cabeças e Hi-Fi. Muita dor de cabeça com os micro systems Aiwa e troca diária de fly-back de TV CCE. Com a reserva de mercado, lembro de ver muitos componentes com a marcação Ind. Brasileira. Foi um tempo legal :lol:

Dentre o positivo como comum, tinha muitas outras coisas de projeto nos anos 70-90 que hoje parecem estranhas, realmente o pessoal era muito criativo. Hoje parece que tudo sempre acaba indo pra uma mesma direção. Pegar um equipamento alemão, mesmo que fosse um rádio a pilha, já era um ponto fora da curva. Os circuitos da Philips, muito elaborados etc
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor KrafT » 25 Nov 2020 08:42

Caramba, Gadotti. Eu vi que o negócio era inviável em 1990. Para teu pai estar nessa em 2009 ele devia estar bem consolidado.
Hoje acho que o conceito de Oficina eletrônica está falido, mas pode ser um esteriótipo meu, já que nunca mandei nada eletrônico para conserto (fora da garantia) nos últimos 50 anos.
Tenho uma TV smart Sony encostada com imagem ruim. Tenho dó de jogar fora, preguiça de tentar consertar e não tenho coragem de levar para uma "Oficina eletrônica".
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Re: Sugestão de fonte de bancada

Mensagempor mrgadotti » 25 Nov 2020 12:20

KrafT escreveu:Caramba, Gadotti. Eu vi que o negócio era inviável em 1990. Para teu pai estar nessa em 2009 ele devia estar bem consolidado.
Hoje acho que o conceito de Oficina eletrônica está falido, mas pode ser um esteriótipo meu, já que nunca mandei nada eletrônico para conserto (fora da garantia) nos últimos 50 anos.
Tenho uma TV smart Sony encostada com imagem ruim. Tenho dó de jogar fora, preguiça de tentar consertar e não tenho coragem de levar para uma "Oficina eletrônica".


Meu pai ainda tem a eletrônica, sempre reclamando que não dá mais o mesmo lucro e que TV LED/LCD é bucha pra consertar. Depois que caiu fora a TV de tubo, ficou cada vez mais difícil pra consertar e valer a pena... Antes era trocar um transistor de saída horizontal, um fly-back etc e geralmente ficava nesse roteiro e lucro certo. Essas TV mais novas, tirando a fonte, o restante é somente trocar placa que deixa o conserto caro e margem de lucro pequena. Hoje tem como se manter, mas nada de ser muito viável. A maioria das eletrônicas que eu conheço estão por um fio. Imagino que mais alguns anos e não vamos mais ter oficina eletrônica, da mesma maneira que sumiram as vídeo locadoras.

Eu mesmo descarto muitas coisas quando vejo que vai dar trabalho pra consertar e pra não ficar no acumulo de sucata pensando que algum dia posso acabar precisando.

Vejo que foi uma profissão legal ser técnico de Rádio e TV e gostei muito do tempo na eletrônica. Tenho um amigo que fez estágio do curso técnico em uma eletrônica famosa no centro de Floripa nos anos 90 e conta as histórias de todo tipo de equipamento e situação.
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